terça-feira, 9 de agosto de 2011

FILHO OU SOBRINHO?


Quantos Filhos tem a sua Casa? Um dia um jornalista ao entrevistar uma Mãe de santo, perguntou: Quantos filhos sua casa tem? A senhora não lhe respondeu como ele esperava, disse que ele deveria acompanhar as atividades do terreiro na próxima semana que ele teria a resposta. E assim foi no sábado pouco antes de se iniciarem os trabalhos lá estava ele sentado na assistência observando tudo. Viu que havia mais os menos 40 médiuns, quase todos estavam na corrente, prontos para a gira, e aproveitavam estes momentos que antecediam o inicio dos trabalhos para mostrarem uns aos outros suas roupas novas, ou pra colocar algum assunto em dia. Mas notou também que um grupo de cinco médiuns estava em plena atividade arrumando as coisas para o inicio dos trabalhos. O trabalho foi muito bonito e alegre, quando terminou viu que a grande maioria dos médiuns se apressa em se retirar, uns por que queriam chegar logo em casa, outros por terem algum compromisso. Notou mais uma vez que aqueles mesmos cinco médiuns que antes do inicio arrumavam as coisas, agora eram os que começavam a limpar e organizar o terreiro depois dos trabalhos. Na segunda feira haveria um momento de estudos no terreiro e ele foi convidado, ao chegar ao local, chovia muito e viu que menos da metade da corrente se fazia presente, novamente notou que aqueles cinco estavam lá. Na quinta-feira haveria um trabalho na linha do Oriente, e também passaria na TV um jogo da seleção, novamente bem menos da metade da corrente compareceu, mas aqueles cinco estavam entre eles. No sábado novamente estava sentado na assistência e novamente repetiu-se o que havia acontecido na semana anterior, os cinco médiuns fazendo os últimos preparativos para o inicio dos trabalhos, e também começaram a limpeza assim que estes se encerraram, e foi no término dos trabalhos que foi chamado pela Mãe de Santo, que lhe perguntou: Você conseguiu descobrir quantos filhos tem em nossa casa? Contei 43 minha mãe - respondeu. Não, filhos verdadeiros tenho cinco. São aqueles que estavam presentes em todas as atividades da casa. E os outros? Os outros são como se fossem "sobrinhos" de quem gosto muito e que também gostam da casa, mas só visitam a "tia" se não houver nenhum atrapalho ou programa "melhor", e mesmo vindo muitas vezes ficam contando os minutos para acabar os trabalhos. O rapaz muito sério perguntou: E por que a senhora não impõe regras para mudar isto? Meu filho a Umbanda não pode ser imposta a ninguém, tem de ser praticado com entrega, o amor à religião não pode ser uma obrigação, ele deve nascer no coração de cada um, e o mais importante a Umbanda respeita o livre-arbítrio de todos os seres... E nós, somos "filhos" ou "sobrinhos" de Umbanda? Somos Umbandistas em todos os momentos de nossa vida, ou somos Umbandistas somente uma vez por semana durante os trabalhos no terreiro.
Agora reflita suas ações e pergunte pro seu coração,

você É FILHO OU SOBRINHO ?????

ARUANDA

celestial

Estância do Astral Superior de onde se focalizam os elevados mentores do movimento umbandista do planeta, moradia da orbe da espiritualidade maior, localizada em outra dimensão fora da orbe terrestre, de beleza indescritível e de campo vibratório sereno, por causa das emanações de tranqüilidade e de paz espiritual provenientes dos habitantes. Suas paisagens, com suas matas verdejantes que emolduram os arredores, seus campos infindáveis em beleza natural, seu céu envolto por exuberantes astros que na crosta terrestre não podem ser vistos, bem como a dominante sensação de paz, tudo isso esta muito longe do entendimento comum. Uma das coisas mais magníficas existentes em Aruanda, é a aurora boreal que encanta na ilustre entrada da cidade, com vibrações azuladas como véus a balançar. De visível opulência indescritível, a cidade é protegida por extensa vegetação, com robustos pilares brancos talhados em mármore, tão belos como o da antiga Grécia, e que emolduram a entrada. Logo da entrada do portão dourado o piso de entrada da cidade é branco-marfim, com toques amarelados, parecidos com as conhecidas pedras de Cirino, encontram-se também chafarizes brancos, esculpidos em formas humanas ao estilo grego-romano da Antiguidade Clássica.

Seus habitantes são de diversas origens, a maioria apresenta-se com singelas vestimentas de cor branca e comprida até os pés, revestidas por bordas na forma de costura prateada que brilham fosforescentes.

Aruanda é um extenso território composto de diversas cidades, povos de civilizações como da extinta Atlântida, povos milenares e até mesmo alguns contemporâneos, animais domésticos e de toda a fauna, diversas moradias, templos, cachoeiras com exuberantes quedas d’água, savanas,... enfim por mais que se tente descrever, Aruanda é enormemente indescritível, tamanha a grandiosidade territorial e de beleza e paz. Aruanda é realmente o Paraíso Celestial e fazer parte dele é um mérito que somente espíritos de elevada evolução e pureza conseguem tornarem-se dignos dela.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O USO DO FUMO NOS TERREIROS DE UMBANDA

O fumo é a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada em nossa religião. Originário do mundo novo, os nativos fumavam o tabaco picado e enrolado em suas próprias folhas, ou na de outras plantas, conhecendo o processo de curar e fermentar o fumo, melhorando o gosto e o aroma.

Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do sol, polarização eletrizante da lua, éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluidos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo, potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo condensa forte carga etérea e astral que, ao ser liberada pela queima, emana energias que atuam positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados.

O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades filiadas ao trabalho de Oxalá são tão somente defumadores individuais. Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, vão os espíritos utilizando sua magia em benefício daqueles que os procuram com fé.
Os solos com textura mais fina, com elevado teor de argila, produzem fumos mais fortes, como os destinados a charutos ou fumos de corda, enquanto os solos mais arenosos produzem fumos leves, para a fabricação de cigarros.

No fabrico dos charutos (palavra derivada do tâmil churutu), as folhas, após o processo de secagem, são reunidas em manocas de 15 a 20 folhas e submetidas a fermentação, destinada a diminuir a percentagem de nicotina, aumentar a combustividade do fumo e uniformizar a sua coloração.
Os tipos de fumo mais utilizados na confecção dos charutos brasileiros são: Brasil-Bahia, Virgínia, Sumatra e Havana.

Nos trabalhos umbandistas é muito utilizado por Exu Bombogira. A cigarrilha de odor especial, quando utilizada por esta entidade, melhor se ajusta ao descarrego do magiado, por proporcionar-lhe mais tranquilidade.
Os cigarros são utilizados para fins mais materiais, normalmente relacionados com negócios financeiros.
Os charutos de fumo grosseiro e forte são peculiares à magia dos Exus, enquanto os charutos de fumo de melhor qualidade são usados por Caboclos.

Já os Pretos-Velhos dão preferência aos cachimbos, nos quais usam diversos tipos de mistura de ervas, como o alecrim, a alfazema e outros, além de utilizarem cigarros de palha, impregnando assim os elementos com a sua própria força espiritual, transformando o tradicional "pito" em um eficiente desagregador de energias negativas. Desta maneira, como o defumador, o charuto ou o cachimbo são instrumentos fundamentais na ação mágica dos trabalhos umbandistas executados pelas entidades. A queima do tabaco funciona como um defumador individual, próprio, dirigido ao objetivo do Guia, que não traz nenhum vício tabagista, como dizem alguns, representando apenas um meio de descarrego, um bálsamo vitalizador e ativador dos chakras dos consulentes.
Vemos assim que, como ensinou um Pai Velho, "na fumaça está o segredo dos trabalhos da Umbanda".

sábado, 6 de agosto de 2011

AS SETE LINHAS OU VIBRAÇÕES

Para entender um pouco mais a Umbanda devemos conheçer as linhas ou vibrações. Uma linha ou vibração, equivale a um grande exército de espíritos que rendem obediência a um "Chefe". Este "Chefe" representa para nós um Orixá e cabe a ele uma grande missão no espaço.

Cada linha compõe-se de sete legiões, tendo cada legião o seu chefe. Cada legião divide-se em sete grandes falanges, que por sua vez também tem um chefe (Orixá menor) e cada falange divide-se em sete falanges menores e assim por diante, obedecendo a um critério lógico. Agora apresentaremos as linhas e seus Orixás com os seus respectivos chefes de legiões.

1 - LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ
2 - LINHA DE IEMANJÁ
3 - LINHA DE XANGÔ
4 - LINHA DE OGUM
5 - LINHA DE OXOSSI
6 - LINHA DE YORI
7 - LINHA DE YORIMÁ

1 - Linha de Oxalá

Essa linha tem a supervisão de Jesus, o Cristo, e representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça". O astro correspondente é o Sol, a cor é a branca e amarele-ouro e o dia é o Domingo. Os sete chefes principais de legiões são:

1 - Caboclo Urubatão da Guia
2 - Caboclo Ubirajara
3 - Caboclo Ubiratan
4 - Caboclo Aymoré
5 - Caboclo Guaracy
6 - Caboclo Guarany
7 - Caboclo Tupy

2 - Linha de Iemanjá

A essa linha são atribuídos inúmeros qualificativos: Linha de Nossa Senhora da Conceição, do Povo d'Água, do Povo do Mar, etc. Iemanjá significa a energia geradora, a divina mãe do universo, o eterno feminino, a divina mãe na Umbanda. As entidades dessa linha gostam de trabalhar com água salgada ou do mar, fixando vibrações, de maneira serena, sem encenações. Suas preces cantadas têm um rítmo muito bonito, falando sempre no mar e em Orixás da dita linha. O astro correspondente é a Lua, a cor é o branco e amarelo-prateado, dentro do nosso Centro é usado o azul e o dia é a Segunda-feira. Os sete chefes principais de legiões são:

1 - Cabocla Yara ou Mãe d'Água
2 - Cabocla Indayá
3 - Cabocla Nana-Burucum
4 - Cabocla Estrela do Mar
5 - Cabocla Oxun
6 - Cabocla Inhançã
7 - Cabocla Sereia do Mar

3 - Linha de Xangõ

Essa linha, na concepção popular dos terreiros diz-se como "Linha do povo das Cachoeiras". No sincretismo é representado por São Jerônimo. Xangô é o Orixá que coordena toda lei Carmânica (cármica??), é o dirigente das almas, o Senhor da balança universal, que afere nosso estado espiritual. Resumindo, Xangô é o Orixá da Justiça. Seus pontos cantados são sérias invocações de imagens fortes e nos levam sempre aos seus sítios vibracionais como as montanhas, pedreiras e cachoeiras. O planeta é Júpter, cor usada em nossa casa é o amarelo, tendo como variação em outras casas o Verde, o dia é a Quarta-feira. Os sete chefes de legiões são:
1 - Xangô-Kao
2 - Xangô Sete Montanhas
3 - Xangô Sete Pedreiras
4 - Xangô da Pedra Preta
5 - Xangô da Pedra Branca
6 - Xangô Sete Cachoeiras
7 - Xangô-Agodô

4 - Linha de Ogum

Essa linha também é conhecida como linha de São Jorge. A vibração de Ogum é o fogo da salvação ou da glória, o mediador de choques conseqüentes do carma. É a linha das demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas da vida. É a divindade que, no sentido místico, protege os guerreiros. Os Caboclos de Ogum gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante e em suas atitudes demonstram vivacidade. Suas preces cantadas traduzem invocações para a luta da fé, demandas, batalhas, etc.. O planeta correspondente é Marte, a cor na nossa casa é o vermelho, tendo como variação em outras casas o alaranjado, o dia é a Terça-feira. Os sete chefes de legiões são:
1 - Ogum de Lei
2 - Ogum Yara
3 - Ogum Megê
4 - Ogum Rompe-Mato
5 - Ogum de Malê
6 - Ogum Beira-Mar
7 - Ogum Matinata

5 - Linha de Oxossi

O qualificativo mais conhecido para essa vibracão é como linha de São Sebastião. A vibração de Oxossi significa ação envolvente ou circular dos viventes da Terra, ou seja, o caçador de almas, que atende na doutrina e na catequese. É ainda a vibração que interfere nos males físicos e psíquicos, ou seja, é o Orixá da cura. Suas entidades falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos. Seus pontos cantados traduzem beleza nas imagens e na música e geralmente são invocações às forças da espiritualidade e da natureza, principalmente as matas. O planeta é Vênus, a cor usada em nosso Centro é o verde, tendo como variação em outros centros o azul, o dia é a sexta-feira. Os sete chefes principais de legiões são:
1 - Caboclo Arranca Toco
2 - Caboclo Jurema
3 - Caboclo Araribóia
4 - Caboclo Guiné
5 - Caboclo Arruda
6 - Caboclo Pena-Branca
7 - Caboclo Cobra-Coral

6 - Linha de Yori

É grande o número de designações populares para essa linha: São Cosme e Damião, Ibeji ou Ibejê, Linha das Crianças, dos Curumins, do Oriente, etc.. Essas entidades, altamente evoluídas, externam pelos seus cavalos, maneiras e vozes infantis de modo sereno, às vezes um pouco vivas. Dão consultas profundas e gostam, quando no plano de protetores, de sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos. Seus pontos cantados são melodias alegres e algumas vezes tristes, falando muito em Papai e Mamãe de céu e em mantos sagrados. A cor, na maioria das vezes, é o rosa, como na nossa casa, mas em outros centros pode ainda ser usado o vermelho, o planeta é Mercúrio, o dia é a Quarta-feira. Os sete chefes principais de legiões são:
1 - Tupanzinho
2 - Ori
3 - Yariri
4 - Doum
5 - Yary
6 - Damião
7 - Cosme

7 - Linha de Yorimá

É uma linha em que se dá vários nomes: Linha dos Pretos-Velhos, dos Africanos, dos Pai Preto, de São Cipriano e até das Almas. Essa linha é composta dos primeiros espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações. São os Orixás Velhos, verdadeiros magos que velando suas formas cármicas, revestem-se das roupagens de Pretos-Velhos ensinando e praticando as verdadeiras "milongas", sem deturpações. Eles são a doutrina, a filosofia, o mestrado da magia, em fundamentos e ensinamentos. Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação através de sua fumaça. Seus fluídos são fortes, porque fazem questão de "pegar bem" o aparelho e o cansam muito, principalmente pela parte dos membros inferiores, conservando-o sempre curvo. Falam compassado e pensam bem no que dizem. Raríssimos os que assumem a Chefia de Cabeça, mas são os auxiliares dos outros "Guias"- o seu braço direito. Os pontos cantados nos revelam uma melodia tristonha e um rítmo mais compassado, dolente, melancólico, traduzindo verdadeiras preces de humildade. O planeta correspondente é Saturno, a cor é o marrom, mas em outros centros utiliza-se o violeta, o dia da semana é o Sábado. Os sete chefes principais de legiões são:
1 - Pai Guiné
2 - Pai Tomé
3 - Pai Arruda
4 - Pai Congo de Arruda
5 - Maria Conga
6 - Pai Benedito
7 - Pai Joaquim

Assim foi apresentado esse pequeno trabalho as Sete Linhas da Umbanda, revelando suas três formas de apresentação traduzidas por:
*a Pureza, que nega o vício, o egoísmo e a ambição;
*a Simplicidade, que é o oposto da vaidade, do luxo e da ostentação;
*a Humildade, que encerra os princípios do amor, do sacrificial, da paciência, ou seja, a negação do poder temporal.

Dias de Festa....

19/01 - Oxóssi
31/03 - Umbanda
23/04 - Ogum
13/05 - Preto Velho
24-06 - Xango
26/07 - Nanã
12/08 - Oxum
27/09 - São Cosme e Damião
02/11 - Omulum
15/11 - Fun. Umbanda
04/12 - Iansã
08/12 - Iemanjá
25/12 - Oxalá


As sete lagrimas de um Preto Velho...


Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas deciam-lhe pelas faces, não sei porque contei-as...foram sete.
Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei. Fala meu Preto Velho, diz ao teu filho por que externas assim uma visível dor?

E ele, suavemente respondeu:

- Estás vendo esta multidão que entra e saí? As lágrimas contadas estão distribuidas a cada uma dela.

- A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para sairem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...

- A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.

- A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejando prejudicar aos seus semelhantes.

- A quarta, aos frios e calculista que sabem que existe uma força espiritual, e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão.

- A quinta, aos que chegam suave, com risos, o elogio na flor dos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: "Creio na Umbanda, nos teus cabocolos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso ou me curarem disso ou daquilo."

- A sexta, eu dei aos fúteis que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.

- A sétima, filho, nota como foi grande e como deslizou pesada: Foi a última lágrima, aquela que vive nos "olhos" de todos os Orixás. Fiz a doação dessas aos médiuns vaidosos, que só aparecem no centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.
Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma as sete lágrimas de Preto Velho.

Hino da Umbanda

Refletiu a Luz Divina
Com todo seu esplendor
Vem do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio da aruanda
Para tudo iluminar
A Umbanda é paz e amor
É um mundo cheio de luz
É força que nos dá vida
E a grandeza nos conduz
Avante filho de fé
Como a nossa lei não há
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá